Aposentadoria Contemporânea e questões atuariais marcaram a segunda etapa do Simpósio

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O segundo dia do Simpósio de Previdência  iniciou com o painel Questões Sociais. Com a mediação de Katia Moraes, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul (Sinapers), foram apresentados dois temas.
Maris Gosmann, professora da UFRGS, abordou as Questões Atuariais. Em sua explanação, ela destacou o fato de que, em primeiro lugar, é indispensável a atuação dos atuários na gestão do regime de previdência. Logo após, discorreu a respeito do conceito de previdência, que se faz em torno da ideia de prevenir-se a longo prazo. Maris lembrou que a atividade atuarial lida com o domínio do risco (voluntário, involuntário e imposto), tentando prever os eventos futuros.
Nesse sentindo, em se tratando de aposentadoria e como dotar o sistema de sustentabilidade, é importante saber o perfil do novo servidor e  quantos anos, em média, levará para se aposentar. A partir daí, é possível se  pensar em planejamento estratégico e política pública  baseada em  viabilidade do sistema  e equilíbrio atuarial.
A professora Maris Gosmann lembrou que entre a fase de adesão do plano de previdência, acumulação, início do benefício e recebimento existe um longo tempo a ser considerado. E, neste caso, não há solução mágica e sim planejamento, a fim de que o servidor possa se aposentar com as condições necessárias para levar uma vida saudável.
A segunda palestra esteve a cargo da assistente social Michele Clos, que falou sobre Aposentadoria Contemporânea. Durante a exposição, ela fez uma reflexão sobre o que fazer com a vida de aposentado e o processo de envelhecimento. Ela destacou o fato de quem nasce em 2016 terá a expectativa de vida de 77 anos. Então, administrar uma nova vida sem um trabalho formal, na hora em que chega a hora de mudar de rotina, torna-se um desafio.
A assistente social salientou ainda que ao aposentar-se o indivíduo experimenta uma mudança drástica na dinâmica de relação social e  familiar. Entre essas alterações, está o fato de encarar uma nova realidade,com mais tempo livre e, progressivamente, com menos recursos econômicos.
O encerramento do Simpósio de Previdência convidou os participantes a refletirem sobre as mudanças das gerações e a necessidade de adaptar-se ao novo. O palestrante Dado Schneider, com a apresentação “O mundo mudou…bem na minha vez”, falou sobre o futuro, os avanços na tecnologia, a linguagem e as gírias dos jovens do século XXI, destacando que “os velhos” precisam olhar a vida de outra forma e viver o hoje, sem resistências ao que temos de novo. “Não precisa gostar do que está acontecendo no mundo, mas tem que saber. Mudar é aceitar o novo. O nosso tempo é agora”, finalizou.

Texto: IPE-RS

fotos: Assessoria de Imprensa da UG

 

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