Villaverde: sociedade vai pagar pelo arrocho e pela falta de investimentos

A base governista do governo estadual rejeitou, automaticamente, sem permitir debate e por votação de 7 votos a 4 em geral, na Comissão de Finanças, todos os destaques apresentados pela oposição, mantendo na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) 2017, de autoria do Executivo, a completa  ausência de investimentos e o congelamento total de salários.

Para o deputado Adão Villaverde (PT), que na manhã desta quinta-feira (23) defendeu destaques em nome da bancada do PT e oriundos de emendas populares, a LDO evidencia que o Executivo vai privilegiar apenas o ajuste fiscalista das contas públicas que resultará em ataque às políticas de Estado para os gaúchos que mais precisam, nas áreas da saúde, educação e segurança pública.

“Sartori fará, em seu segundo período de gestão, o mesmo desmonte da metade inicial de governo, cujos eixos centrais são o arrojo, a inexistência de projetos de desenvolvimento social e renúncia das funções públicas de Estado”, disse o deputado. “Mas não serão penalizados apenas os servidores públicos, como parece. A sociedade toda vai pagar pela precarização dos serviços e pela carência de crescimento econômico”.

Villaverde criticou ainda a rejeição do índice da inflação para a correção salarial dos funcionários públicos e a desconsideração de proposta de auditoria independente para revisar as renúncias fiscais do estado, evitando a sonegação.

“Há um discurso de campanha e outra prática na gestão pública que se vertebra nos instrumentos do orçamento anual e da LDO. E, mesmo com o aumento de impostos linear que castiga a todos e o alívio na renegociação da dívida com a União, Sartori segue preocupado em só culpar os gastos públicos, caracterizando-se como um governo desprovido de propostas para retomar o desenvolvimento do RS”, pontuou Villaverde, observando que infelizmente o Parlamento chancelou esta agenda atrasada, ultrapassada e conservadora.