Governador do Rio Grande do Sul participou de uma série de reuniões com deputados
O governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou privatizações e revisão sobre as carreiras do funcionalismo como prioridades para o primeiro ano de sua gestão aos deputados estaduais que farão parte da Legislatura a qual se inicia em fevereiro. Revelou que pretende eliminar a exigência de plebiscito para vender estatais e realizar mudanças profundas em questões envolvendo o funcionalismo e até mesmo novas alterações na Previdência dos servidores.
Foram oito reuniões durante a tarde, no Palácio Piratini, com parlamentares de siglas diversas. Segundo o governador, os encontros ocorrerão com todos os que aceitarem o convite e desejarem identificar convergências entre os mandatos e os planos da Administração.
“Nós temos a nossa agenda para o Estado, que foi legitimada pelas urnas. Mas é importante reconhecermos que a agenda de cada um dos deputados também está validada. Por isso, é importante identificarmos convergências para que possamos acelerar processos de projetos que vão para a Assembleia Legislativa”, apontou Leite.
Na terça-feira, o governador recebeu parlamentares eleitos pelas siglas MDB, PSB, PSD, PSL, PDT e PSDB. As conversas ocorreram no gabinete e foram abertas apenas para os assessores mais próximos dos convidados. Ao lado de Leite, esteve presente apenas o secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian (PP), a quem foi confiada a missão de dar redação aos projetos e propiciar trânsito para as matérias do Executivo entre os gabinetes e as bancadas do Legislativo.
A determinação do governador é de que as convergências sejam valorizadas para assegurar apoio em plenário para o conjunto de pautas polêmicas as quais deverão ser apresentadas ainda no primeiro semestre.
“A pauta do governador Leite se assemelha em muito com os temas que encaminhamos e defendemos juntamente com o governador Sartori. A busca pelo equilíbrio financeiro, privatizações, redução do tamanho do Estado, revisão das carreiras públicas são pautas sobre as quais temos disposição de conversar”, apontou o ex-secretário de Governo, Carlos Búrigo (MDB), braço direito de Sartori na administração passada. Búrigo é suplente, mas será conduzido ao mandato com a participação de Juvir Costella (MDB) como secretário na gestão de Leite.
Partido que não integra a base do governo, o PSL teve duas audiências, com os deputados eleitos Capitão Macedo e Vilmar Lourenço. “É inteligente, da parte do governador, identificar as bandeiras e regiões de representação de cada parlamentar. Importante é saber o momento certo de buscar os possíveis apoios. Não temos divergências significativas. Acredito na redução do Estado, nas privatizações e na necessidade de negociar com os servidores e sensibilizar as corporações. Vi em Eduardo Leite muita determinação para realizar reformas profundas, que ele precisa fazer logo. Temos só um ponto para atacar. É mirar e atirar”, disparou Lourenço (PSL), que irá ao primeiro mandato.
Fonte: Correio do Povo
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