Presidente do IPE Saúde visita a União Gaúcha

A União Gaúcha recebeu a visita do presidente do IPE Saúde, Paulo Afonso Oppermann, na manhã desta segunda-feira (6/11) para um bate-papo sobre o sistema de saúde dos servidores públicos. O gestor, que atendeu ao convite da coordenação, respondeu, de forma clara e direta, a todos os questionamentos dos dirigentes. O diretor de Relacionamento com os Segurados, Paulo Gnoatto e sua assessora Djuliana Cappellari, também participaram da reunião acompanhando o presidente Oppermann.

Ao dar as boas-vindas, o presidente da UG, Mário Rheingantz, traçou um breve histórico da entidade e transmitiu a preocupação das entidades com relação a nova fase do IPE Saúde, após a reestruturação que, entre outras mudanças, promoveu a cobrança dos dependentes, causando evasão dos servidores do plano. O presidente do Instituto agradeceu ao convite e falou da gestão da rede e das dificuldades estruturais do Instituto. “O IPE Saúde funciona por causa dos seus funcionários”, elogiou.

Uma das principais reclamações dos servidores públicos com relação ao IPE Saúde é a cobrança extra praticada pelos médicos na hora da consulta. Oppermann informou que, com a nova tabela de honorários, os médicos recebem como Pessoa Física, o repasse de R$ 70,00 por consulta e a clínica, como Pessoa Jurídica, o total de R$ 108,00. Conforme ele, são valores aplicados no mercado e dão maiores condições de negociações com a rede credenciada.

Segundo o gestor, que é médico de formação, houve uma proliferação de clínicas de oncologia onde reside a maior margem de lucratividade dos atos médicos. Mas, o IPE vem fazendo uma gestão de rede e racionalizando esses credenciamentos. Conta que o ganho cruzado dos médicos com a indicação de medicamentos é uma prática ilegal e o IPE Saúde vem trabalhando no sentido de aprovar apenas a indicação do princípio ativo e não a “grife farmacêutica”.

Um dos importantes questionamentos que representou as inquietações de todos os presentes foi feito pela representante da UG no Conselho de Administração do IPE Saúde, Kátia Terraciano Moraes, sobre a dívida do Estado para com o Instituto, a perspectiva de receita com a evasão que já vem ocorrendo, as cobranças indevidas e o desequilíbrio na gestão paritária.

Sobre as cobranças indevidas o médico foi taxativo:

  • – Não admitimos a cobrança indevida… Alguns médicos se utilizam da condição de credenciados para angariar pacientes e esses precisam ser denunciados para termos atitudes mais fortes com relação a eles. Acredita que é preciso mudar o modelo do IPE. O Instituto tem apenas dois auditores para toda a demanda, não existe um indicador de tempo de permanência do paciente nos atendimentos hospitalares, por exemplo. “É preciso uma auditoria médica externa”, complementa. Conforme ele, não existe um controle do custo operacional, o que gera um problema nesse modelo misto, de mutualismo do Instituto. Nesse modelo atual, ele prevê que daqui há dois anos, o IPE estará buscando novamente recursos no salário dos servidores. E foi sincero ao afirmar que ainda não encontrou respostas para a evasão.

  • As denúncias sobre cobranças indevidas podem e devem ser feitas através da Ouvidoria, no site do IPE Saúde, ou pelo telefone: (51) 3288.1538, ou, de forma gratuita, pelo número 08005416136 – opção 7 para IPE Saúde.
    De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h.

Outra importante medida que está sendo analisada pela autarquia para minimizar os riscos é a implantação da telemedicina. Sobre a cobrança da dívida do Estado, Oppermann disse que o Estado vem aportando recursos, diminuindo esse passivo.
Ao finalizar, ele pediu que a União Gaúcha continue ativa, ajudando o IPE Saúde como vem fazendo ao longo dos anos. Ele reconheceu que as dificuldades são grandes, mas que precisam ser enfrentadas.

Gilvânia Banker –

Assessora de Imprensa –

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