União Gaúcha visita o novo presidente do IPE Saúde para discutir situações críticas do Instituto

Na tarde desta sexta-feira (8), o presidente da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, Filipe Leiria, e a presidente do Sinapers, Katia Terraciano (representante da entidade no Conselho de Administração do IPE Saúde), estiveram reunidos com o presidente da autarquia, Bruno Jatene. Participaram do encontro o Diretor de Relacionamento com Segurados, Paulo Gnoatto e o Diretor Administrativo Financeiro, Thiago Dapper Gomes. Na ocasião, a União Gaúcha protocolou documento com as considerações da entidade acerca da situação crítica a qual o IPE Saúde tem sido submetido ao longo dos anos. O ofício solicita transparência nos dados e pedido de providências para a solução de diversos problemas, entre eles a ocorrência de fraudes e desvios.

O presidente da UG salientou que o diagnóstico, na perspectiva da entidade, é claro. Os governos têm preponderado no IPE Saúde uma política onde três fatores são priorizados, a apropriação das receitas e patrimônio do Instituto por parte da Administração Direta do Poder Executivo; a utilização do Instituto como moeda política para interesses político-partidários e o afastamento da participação dos representantes dos servidores na Administração, com o fim da paridade na Diretoria. Sinteticamente, os resultados mais diretos dessa política são o sucateamento, a ocupação de cargos por gestores sem vinculação orgânica com o instituto e a criação de um ambiente propício para fraudes.


Katia Terraciano ressaltou os atrasos nos repasses das cotas paritárias e patronais ao Fundo de Assistência à Saúde (FAS). Em valores acumulados e corrigidos, a dívida do Estado com o FAS de 2015 a 2018 já ultrapassa os R$ 500 milhões, bem como a falta de repasse dos valores reservados ao IPE Saúde e IPE Prev relativos ao pagamento de precatórios e RPV’s.


O presidente do IPE Saúde salientou a abertura para o diálogo com as entidades representativas dos servidores públicos e manifestou sua disposição de inicialmente reestruturar as despesas, garantindo que neste primeiro momento não será realizado aumento de alíquotas. Garantiu também a instalação de Ouvidoria própria do Instituto para as próximas semanas, uma das reivindicações da UG.

Texto e fotos: Elisa Dorigon/ Sinapers

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