Duas propostas que estão para análise hoje receberam críticas por parte de sindicatos de servidores por alterar o modelo de indicação
Está prevista para hoje à tarde a votação de dois projetos de lei do governo do Estado que tratam de alterações no Instituto de Previdência do Estado (IPE) Saúde. As propostas, encaminhadas em março, receberam manifestações contrárias por parte das entidades que representam os servidores.
Em nota conjunta, a União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública e a Frente dos Servidores Públicos do Estado manifestaram repúdio às mudanças. “O governo busca alterar o modelo de indicação do Conselho de Administração do IPE Saúde de forma que os dirigentes sejam escolhidos exclusivamente pelo governo estadual, limitando a participação das entidades representativas dos servidores da composição do conselho”, alertam as entidades.
O Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs) também manifestou posição contrária aos textos e propôs a retirada do regime de urgência. Em função disso, se não forem votados os projetos passam a trancar a pauta. “A falta de uma discussão ampla mostra a forma antidemocrática de conduzir mudanças no sistema, atentando contra os mecanismos de gestão do IPE”, aponta a nota do Sintergs.
Os sindicatos citam que, atualmente, os trabalhadores indicam dois dos quatro diretores do IPE Saúde. Pelas propostas, o governador passa a escolher três dos quatro integrantes da diretoria, restando aos funcionários apenas a definição do diretor de Relacionamento com o Segurado. “Assim, a retirada de paridade nas decisões do instituto abriria espaço para mais um cargo de indicação partidária do governo, o que deve ampliar ainda mais a precarização do atendimento dos serviços de saúde do Estado”, diz o Sintergs.
Apesar dos apontamentos, o líder do governo, Frederico Antunes, afirmou que foi firmado um bom nível de entendimento da importância das mudanças. Ressaltou ainda que ocorreram discussões com todas as bancadas, para garantir os esclarecimentos necessários dos deputados sobre os projetos.
Fonte: Correio do Povo
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