Antes da apresentação à imprensa, o governador Eduardo Leite e o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, discutiram as propostas com os deputados estaduais. A expectativa do governador é encaminhar o texto até 15 de junho à Assembleia, que deverá ter regime de urgência. Segundo o líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes, a apresentação foi positiva, o que indica que não deverá haver dificuldade de tramitação no Legislativo. O Executivo também discutiu os projetos com os chefes de poderes e a União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública (UG). Em nota, a União Gaúcha diz esperar ter acesso à minuta dos textos para análise mais aprofundada.
Mesmo assim, segundo o presidente da UG, Cláudio Martinewski, a proposta da migração vem ao encontro do compromisso entre governo e a União Gaúcha, durante a discussão da Reforma da Previdência no ano passado. Um dos pontos benéficos, pela análise inicial, é que o projeto contempla os servidores que já migraram para o Regime de Previdência Complementar. O segundo ponto é o prazo até agosto de 2023 para a migração, que terminaria em agosto deste ano. “Isso é positivo porque é um momento importante e bastante complexo na vida de cada servidor e exige uma análise profunda de cada um”, comenta Martinewski.
Segundo o secretário geral, Filipe Leiria, é preciso verificar se o “benefício especial irá preservar a previdência ou se ela será utilizada para resolver um problema fiscal de curto prazo do governo, sacrificando a previdência dos servidores”.
Foto: Correio do Povo