Claudia Baartsch / Agencia RBS
Não está descartada a possibilidade de, no futuro, instituir gratificação por desempenho aos educadores
Claudia Baartsch / Agencia RBS

Apesar do sigilo em torno da proposta de mudança no plano de carreira do magistério, a coluna apurou que a proposta do governo é manter cinco níveis, de acordo com a formação dos professores: ensino médio, licenciatura curta, graduação, especialização e mestrado ou doutorado (veja tabela abaixo).

Todos terão o piso nacional como salário básico e um subsídio conforme a titulação. Não está descartada a possibilidade de, no futuro, instituir gratificação por desempenho.

A mudança de nível não será automática. Um professor com especialização, que faça concurso para dar aula de matemática, por exemplo, em que a exigência é de graduação em curso superior, só passará para o nível 4 depois de três anos do estágio probatório. Se tiver mestrado ou doutorado, passará para o nível 5 após cinco anos.

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A ideia do governo é extinguir todas as gratificações atuais, calculadas em percentual do salário. Serão recriadas outras gratificações, em valores  fixos, para casos específicos, como o difícil acesso, que será pago em situações restritas, como a de quem dá aula em escolas rurais.

Como a lei não permite reduzir salários, os adicionais pagos hoje serão mantidos como parcela autônoma sobre a qual não incidem reajustes. Sempre que o básico subir, o valor dessa parcela autônoma ficará menor.

Quando o governo der aumento no básico, não haverá efeito cascata.

Carreira do magistério

Esboço de proposta de nova carreira dos professores

Nível Remuneração
Nível 1 Ensino médio (piso de R$ 2.557,74 por 40 horas)
Nível 2 Licenciatura curta (piso + gratificação de valor fixo)
Nível 3 Graduação (piso + gratificação de valor fixo)
Nível 4 Especialização (piso + gratificação de valor fixo)
Nível 5 Mestrado/doutorado (piso + gratificação)
Zero Hora