União Gaúcha recebe candidato ao governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB)


Na manhã da quarta-feira (24), o colegiado da União Gaúcha recebeu o candidato ao governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB), na sede da Ajuris e da UG. O encontro ocorreu de forma híbrida e os dirigentes fizeram questionamentos sobre os principais temas que preocupam a entidade: Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Dívida Pública, IPE Saúde e IPE Prev.


Questionado sobre a adesão ao RRF em sua gestão como governador, Leite frisou que essa era a única opção possível e apresentada pelo governo federal. Ele ponderou e explicou as razões da sua tomada de decisão por assinar o regime e ressaltou que o Estado não poderia ficar sem pagar a dívida pública. Segundo ele, o ajuste fiscal é o caminho mais responsável. Porém, não descartou a possibilidade de rediscutir esses temas com a equipe do governo federal, na medida do possível, mas acredita que a Dívida deve ser debatida em nível nacional.


Eduardo Leite ponderou que o endividamento do Estado tem relação com tomadas de decisões equivocadas, na sua visão, por governos anteriores. Considerou esse um dos temas mais difíceis de ser enfrentado em seu governo, e que não poderia ficar sem assinar o Regime de Recuperação Fiscal.


Lembrou que o seu governo encaminhou uma proposta de mini reforma tributária, em 2020, mas que não foi aprovada na Assembleia Legislativa. A ideia era redistribuir a carga tributária e revisar os benefícios fiscais, o que, conforme ele, viabilizaria a questão financeira do Estado permitindo a não adesão ao Regime. “A ALRS insistiu na redução da carga tributária e não aprovou a proposta”, lamentou.


O candidato também foi questionado sobre “uma introdução a privatização dos serviços públicos”, e que em seu governo, como no de José Ivo Sartori, os servidores perderam quase todos os seus direitos e os aposentados, por exemplo, começaram a pagar alíquota de previdência, mesmo já estando inativos. Ele reconheceu as divergências de posicionamentos entre as entidades, mas reforçou que tem consideração pelos servidores públicos. O candidato falou ainda sobre os desequilíbrios e hipertrofias salariais nas carreiras e concorda que muitas delas precisam ser revistas.


Ainda sobre o RRF que tem como pré-requisito a instalação de um Conselho Estadual, formado por três pessoas para impedir desajustes nas contas e a dúvida de como um governador poderá administrar o Estado com essa supervisão, Leite disse que a decisão sobre qualquer decisão será sempre do governador, de forma soberana.


Sobre o IPE Saúde, Kátia Moraes e Ives Lucas, representantes da UG no Conselho de Administração da autarquia, perguntaram sobre as vendas dos imóveis do IPE, sobre a dívida oriunda das contribuições paritárias e se há chances de privatização do Instituto. O candidato do PSDB reconheceu a dívida e tranquilizou os servidores de que, caso vença as eleições, não irá privatizar o IPE Saúde, mas ao contrário, pretende fortalecer ainda mais o maior Sistema de Saúde do Estado. Porém, lembrou que conta sempre vai ser de todos.

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