Desde a última segunda-feira, 27 de junho, a União Gaúcha vem buscando dialogar com os candidatos ao governo do Estado. A ideia é saber dos candidatos qual a política a ser adotada, caso eleitos, quanto aos temas fundamentais para a entidade; como o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a Dívida Pública, IPE Saúde e IPE Prev. Na semana passada, o convidado foi o senador Luiz Carlos Heinze, do Progressistas, que se mostrou aberto ao diálogo e garantiu que irá buscar apropriar-se das questões do IPE Saúde.
Heinze disse ser contra o Regime de Recuperação Fiscal e que a negociação da Dívida deve ser feita em conjunto com outros estados devedores. Acredita que ela precisa ser paga, mas não com os cálculos de hoje e diz conhecer a ação da OAB contra a RRF. Falou ainda que, sendo eleito, honrará o pagamento dos salários dos servidores, problema que se estendeu nos governos de Sartori e Eduardo Leite.
Nesta segunda-feira, 4 de julho, a “sabatina” foi com o deputado federal, do PSC-RS, Roberto Argenta, natural de Gramado e ex-prefeito de Igrejinha. O presidente da União Gaúcha, Cristiano Vilhalba Flores, deu as boas-vindas ao candidato e iniciou o debate questionando sobre o Regime de Recuperação Fiscal. Argenta respondeu que a primeira a medida a ser tomada será questionar os juros, de 6% ao ano, que dobra a dívida do Estado. Para ele, não é justo e nem correto um ente federado pagar essa exorbitância de juros e disse que fará o que for possível para recuperar o Estado. Como administrador de empresas, ele ressaltou que a lógica é: desperdício zero e aumentar a atividade econômica para aumentar a arrecadação. Conforme ele, o Palácio das Hortênsias, por exemplo, em Canela, residência oficial de verão dos governadores, pode ter outra utilidade e até mesmo ser vendida para o benefício da sociedade. Ele destacou que existem cerca de 14 mil imóveis do Estado fora de uso ou gerando despesas, como os antigos prédios da Caixa Econômica Estadual, no interior do Estado. Os dois candidatos, Argenta e Heinze, demostraram interesse em ouvir os representantes da UG no Conselho do IPE Saúde para entender as problemáticas da autarquia.
O PL 139/2022 também foi tema da reunião da União Gaúcha, nesta segunda-feira. O projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito, com a garantia da União, para o pagamento de precatórios, está em pauta na Assembleia Legislativa do RS e com regime de urgência. A UG irá convidar algum representante da Sefaz para explicar o assunto. A entidade quer mais tempo para o debate do tema e garantias de que esses empréstimos não irão acarretar em maiores endividamentos para o Estado, embora considere importante o pagamento de precatórios.
Assessoria de Imprensa da UG
Gilvânia Banker