EM DEFESA DA MANUTENÇÃO DO TRABALHO REMOTO NOS SERVIÇOS PÚBLICOS
As entidades que compõem a União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública vêm manifestar a sua contrariedade com as condições estabelecidas para o retorno gradual às atividades presenciais no âmbito dos serviços públicos baseado no modelo de “distanciamento controlado”, adotado pelo governo do Estado.
A comunidade científica já produziu estudos suficientes para demonstrar a vulnerabilidade de retorno as atividades presenciais. Além disso, o próprio modelo de distanciamento controlado adotado pelo governo tem apresentado critérios duvidosos no que tange a flexibilização de atividades.
No caso dos servidores, as condições de trabalho em algumas repartições públicas não oferecem a segurança necessária recomendada pelas autoridades sanitárias, agravando a pandemia. Infelizmente, é uma realidade a falta dos devidos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), por exemplo, dos profissionais que atuam diretamente no sistema de saúde arriscando suas vidas e de suas famílias.
Por fim, cabe salientar que vários órgãos públicos continuam funcionando no sistema de trabalho remoto e todos têm registrado altos índices de produtividade semelhantes ou superiores aos do período anterior à pandemia.
Diante das manifestações aqui trazidas, impõem-se a manutenção de medidas como o trabalho remoto nos casos possíveis e o fornecimento de equipamentos de proteção para aqueles casos onde seja indispensável a presença dos servidores.
A União Gaúcha tem auxiliado de diversas formas o governo do Estado, inclusive com a compra de EPIs e respiradores que foram doados para a UFRGS. A entidade já solicitou a sua entrada no Comitê de enfrentamento ao coronavírus no Estado para construir alternativas de enfrentamento da Covid-19.
Neste momento, salientamos que deve prevalecer a defesa da vida com sensatez e racionalidade. Os servidores públicos querem trabalhar presencialmente ou remotamente, mas sempre preservando a saúde e a segurança para todos.
Porto Alegre, 16 de junho de 2020.
União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública