Em busca de votos, governo trabalha tabela alternativa

Técnicos do governo, especialmente das secretarias do Planejamento e da Fazenda, que trabalharam desde o início na elaboração dos textos que integram o pacote de reformas, estão realizando projeções dos impactos financeiros que resultarão de mudanças no texto relativo ao magistério. A intenção do Executivo é a de fechar tabela alternativa à protocolada na Assembleia nos próximos dias, pois ainda não desistiu de tentar votar os projetos do pacote no cronograma original, entre os dias 17 e 19 deste mês.

Líder do governo na Assembleia, o deputado Frederico Antunes (PP) espera receber a partir de hoje propostas concretas de deputados e bancadas que reivindicaram alterações no texto que atinge os professores para incluí-las nas análises. O principal ponto do texto original a passar por alterações é a tabela de progressão na carreira e a diferença entre os níveis. Segundo a proposta inicial, que enfrenta resistência expressiva da categoria, de aliados e da oposição, a remuneração de um professor de primeiro nível/primeira classe ficaria em R$ 2.557,80, enquanto do último nível/última classe atingiria apenas R$ 3.780,60.

Uma das principais preocupações dos críticos é a de que a carreira se torna nada atrativa. O item, no entanto, não é o único a enfrentar resistências, portanto, mesmo sendo vencido, não há garantia da obtenção do número de votos necessários à aprovação. Além disto, com as atenções e esforços, do governo e do Legislativo, integralmente voltados ao texto do magistério, as demais matérias, que também trazem alterações profundas para a segurança pública e as demais categorias do funcionalismo, menos numerosas, ficaram em segundo plano nas discussões. O cenário indica que é cada vez mais remota a chance de cumprimento do calendário estimado pelo governo, que pode forçar a votação, mas, neste caso, terá de arcar com a possibilidade de derrota iminente em plenário.

Fonte: Talipe Oppitz – Correio do Povo

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