O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Dem-RJ), anunciou ontem, após ter dito mais cedo que não agirá de forma irresponsável em relação aos pedidos de impeachment, que a reforma da Previdência começará a ser votada no plenário da Casa entre os dias 5 e 12 de junho. Por se tratar de uma mudança na Constituição, a proposta precisa passar por duas votações no plenário e, para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos favoráveis.
Maia reconheceu que, desde quarta-feira passada, o Brasil vive uma crise “muito grande”, após o presidente Michel Temer ser citado pela delação de executivos do grupo JBS. Crise que, na avaliação, de Maia, precisa ser superada com “muita paciência e diálogo”. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, esse é um momento “delicado”, mas cabe aos presidentes dos poderes cumprirem seus papéis. “À Câmara, cabe legislar e vamos legislar para garantir a estabilidade do País”, disse. Maia afirmou que, mesmo em meio à crise, espera votar nesta semana matérias econômicas importantes, entre elas o projeto que trata d a convalidação de incentivos fiscais concedidos por Estados a empresas sem autorização do Confaz, a chamada “guerra fiscal”.
Fonte: CP